Dados levantados pelo Núcleo de Controle de Endemias mostram que a cada dia aumenta o número de casos de dengue no município. Para se ter ideia da gravidade do problema, até o momento já foram notificados 417 suspeitos, sendo 50 há sete dias e outros 30 somente esta semana.
No momento em que o mundo todo se preocupa com a pandemia do novo Coronavírus, para o coordenador do Núcleo, Luiz Afonso Queiroz Silva, “não é hora de baixar a guarda e os moradores precisam colaborar com o trabalho de controle e combate à doença”, afirma. Ele solicita à pessoa que apresentar os sintomas da dengue que procure a Unidade Básica de Saúde Osvaldo Morelli, localizada no bairro Princesa Isabel, pois é através da notificação que a equipe do Núcleo tenta impedir a disseminação da dengue onde há morador com suspeita da doença. “A partir daí fazemos o bloqueio por meio da pulverização do quarteirão e do trabalho focal com agentes que investigam a possível existência de focos do mosquito Aedes Aegypti”, explica Afonso.
Outra forma de conter o avanço da doença na cidade tem sido a aplicação do inseticida pela camionete Fumacê (UBV), que segundo Luiz Afonso, está sendo feita atualmente nos bairros com maior número de notificações suspeitas de dengue, como Jardim das Laranjeiras, Progresso, Vila Esperança e Alto Boa Vista. Nesse sentido, o coordenador pede a compreensão dos moradores para que entendam que nesse primeiro momento o serviço precisa ser concentrado justamente nos locais já citados. Ainda segundo Luiz, o serviço está sendo realizado porque ao contrário de alguns municípios que paralisam a pulverização por falta de inseticida, a Prefeitura adquiriu o produto para que o serviço tivesse continuidade.
Luiz Afonso se diz preocupado porque conforme levantamento feito recentemente, somente em uma semana chegaram a ser encontrados focos do mosquito em 150 residências. “Isso não pode acontecer, é preocupante”, admite. Além do que, segundo lembra, o Agente de Controle de Endemias (ACE), passa durante a semana na residência e irá retornar apenas 60 dias depois. “É nesse período que o morador precisa fazer a parte dele, limpando os locais que possam se tornar criadouros”, ressalta.
De acordo com Luiz, por meio do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRA), tem sido constatado que 75% dos focos do mosquito estão dentro de casa. Ele concorda que por questão de saúde pública os terrenos também precisam ser limpos, mas reconhece que no momento, a atenção precisa ser redobrada dentro dos domicílios, caso contrário a situação pode piorar ainda mais.
Frutal possui hoje cerca de 31.500 imóveis que contam com o trabalho dos agentes atuando nas ruas, residências, terrenos baldios e comércio a cada 60 dias e em pontos estratégicos como borracharias, ferros-velhos e oficinas nos quais a visita de inspeção é feita numa prazo mais curto, a cada 15 dias. Mais informações sobre o combate à Dengue entre em contato de segunda a sexta-feira pelo telefone: 3423 2607.