A Câmara de Vereadores aprovou na noite de segunda-feira (20), o projeto de lei que concede reajuste salarial aos servidores públicos do município. Entretanto, ao invés de votar apenas os 3% propostos pelo prefeito Bruno Augusto na redação original, os parlamentares aprovaram emenda de autoria dos vereadores Alex Freitas, Gislene Maria e Rapinha, que amplia o aumento para 5,93%, garantindo o mesmo índice da inflação. A emenda e o projeto foram aprovados por unanimidade.
A emenda apresentada pelos vereadores acompanha a "Lei do Estatuto do Servidor" que estabelece que o aumento anual deve contemplar no mínimo a inflação dos últimos 12 meses.
Ao explicar sobre a emenda, a vereadora Gislene esclareceu que não se trata de aumento salarial, mas sim, reajuste que é um direito dos servidores públicos municipais. “Todo ano é a mesma história, sem revisão anual dos salários. O salário do servidor não é tão alto; ele merece um pouco mais de respeito e não de esmola. Não estão fazendo nenhum favor; é um direito dos trabalhadores e que deve ser garantido. Os servidores também precisam de um sindicato que os represente para se fortalecerem”, argumenta.
O vereador Alex Freitas declarou que essa emenda vem corrigir um erro grave, lembrando que, por dois anos consecutivos, a Administração conseguiu uma arrecadação em seu orçamento acima do que era previsto. “Desde 2021, não é feita a reposição. O servidor perdeu e vai perder mais. Esse governo só promete, não cumpre nada. Nós estamos fazendo essa emenda em respeito ao servidor. Se o prefeito quiser vetar, ele que se explique com os trabalhadores, mas o que está fazendo é consertando um erro”, justifica.
A vereadora Lucivaine Vaininha ironizou o fato de que o impacto sobre o orçamento do município sempre só recai em cima do reajuste do funcionário. “A Administração concedeu 3% de reajuste achando que era maravilhoso. O servidor não quer migalha, mas, sim, o que é seu de direito”, disse ela também indignando-se com a postura do sindicato dos servidores que aceitou essa negociação com o Executivo. “É preciso que a Administração avalie o que é gasto desnecessário e faça um planejamento, pois, assim não terá impacto no orçamento”, completou o vereador Rapinha.
Também o presidente da Câmara de Vereadores, Juninho do Sindicato, se manifestou em relação a falta de reajuste salarial dos servidores municipais. “A Prefeitura está arrecadando muito; é só deixar de fazer festa que dá para pagar o servidor, que espera tanto por esse reajuste. E o sindicato deles precisa ser coerente e forte como é o dos professores, caso contrário, é melhor deixar de existir”, arremata.
