O dia 23 de outubro de 2009 seria mais um dia comum em Frutal. Uma sexta-feira ensolarada, onde a vida se desenrolava normalmente. Mas, no final das contas, marcou como a data de um desaparecimento que entra para a história da cidade pela falta de explicações, suspeitos e solução. Nessa data, ao final da tarde, Joseli Melo, mãe da menina Bruna Marques de Melo, de apenas 4 anos (naquela época) percebeu algo estranho: a menina, que brincava com sua bicicleta na porta de casa no bairro Frutal II, não voltou pra casa.
Ela estava com amigos brincando e, ao procurar a filha, não a viu mais. A partir daí saiu em sua busca e, sem sucesso, chamou a polícia. Desde então o caso ganhou repercussão local, regional e nacional. E o rosto de Bruna está estampado em cartazes, panfletos, sites, redes sociais. A última simulação, feita pela equipe do DHPP – a foto que ilustra este texto – mostra como Bruna estaria hoje, já com seus 14 anos. Abaixo, a foto da criança quando sumiu.
Desde seu desaparecimento até hoje, muita coisa se falou sobre o caso. Que foi levada por ciganos, que foi levada por um circo (que fazia propaganda volante no bairro), entre tantas outras histórias. Mas, que pese todas as histórias, nenhuma delas se confirmou. E não foi por falta de esforços da Polícia Civil, Polícia Militar e voluntários.
Em 2014 houve notícias de que a garota estaria em Sacramento (MG), com uma família de ciganos. A ocorrência foi lavrada, o exame de DNA feito e a hipótese refutada: a garotinha – que dizem ser a cara de Bruna – não teve o DNA compatível com o da mãe.
Hoje, passados 10 anos de seu desaparecimento, resta a esperança da mãe, que não desistiu de encontrar a filha e não tem medido esforços em busca de Bruna. Resta também uma perplexidade de todos nós, frutalenses, que acompanhamos atônitos a este mistério. Uma dia que seria comum, mas entrou como uma data extremamente triste para a história da nossa Frutal.
Fonte: Rodrigo Portari (Blog do Portari)