Na última quarta-feira (15), estudantes universitários de todo o Brasil saíram às ruas em manifestação contra o corte de verbas da educação, fato este anunciado pelo MEC (Ministério da Educação) no final do mês de abril, que atingiria 63 universidades e 38 institutos federais.
De acordo com a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), os impactos causados pelo contingenciamento de 29,74% colocam em risco cerca de 398 mil vagas, 202 mil mestrandos e doutorandos e 5 mil cursos em todo o país.
Em Frutal, atos contra o corte de verbas ocorreram em três períodos. Durante a manhã, aconteceu um encontro na cantina da Universidade do Estado de Minas Gerais. Ao longo da tarde, transcorreu uma manifestação no calçadão da cidade. No decorrer da noite, realizou-se um protesto no I Congresso de Jornalismo da UEMG.
O professor universitário Fernando Melo da Silva ressaltou a importância da educação para a formação da sociedade, uma vez que o espaço universitário é um ambiente de para a construção do conhecimento. Fernando ainda destacou que asfixiar financeiramente a elaboração científica das universidades, a capacidade de trabalho dos professores e de produção dos alunos, sacrifica o futuro do conhecimento, do ensino, da pesquisa e extensão do país, já que nenhum país se desenvolveu sem a educação.
Segundo a presidente do Diretório Acadêmico da UEMG de Frutal, Gabriela Ribeiro Amorin, a ideia de criar o ato surgiu de diversificadas entidades presentes na cidade e o D.A tomou frente da organização, se reunindo com coletivos, com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) e com a Associação dos Docentes da UEMG (ADUEMG). Gabriela ainda informou que foi recebido o apoio de professores da cidade e também da Prefeitura Municipal. Além disso, as manifestações contaram com moradores da cidade.
De acordo com Gabriela, qualquer tipo de manifestação pacífica é válida, especialmente por boas causas, como é o setor educacional. A presidente adiantou que já existe uma organização para que, no dia 30, sejam realizados novos protestos na cidade.