Após a determinação do Supremo Tribunal Federal para que o Ministério da Saúde apresentasse o plano nacional de vacinação contra a Covid-19, o governo federal apresentou alguns detalhes sobre a imunização. Contudo, o anúncio mais aguardado, que é sobre quando a vacinação, de fato, vai começar, não foi confirmado. Veja aqui a íntegra do documento.
Segundo informou o governo federal, o Brasil tem hoje 38 mil salas de vacinação, podendo chegar a 50 mil enquanto durar a campanha. Os profissionais da saúde terão prioridade na imunização, uma vez que atuam na linha de frente do combate à pandemia.
Em sua fala, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou ter confiança na vacinação e criticou o que chamou de ansiedade pela divulgação de uma data. O chefe da pasta argumentava que há “desinformação” acerca da “capacidade” do sistema brasileiro em entregar as doses e vacinar a população.
"Vamos levantar a cabeça, acreditem. O povo brasileiro tem capacidade de ter o maior sistema de saúde do mundo, o maior programa de vacinação do mundo. Pra que essa ansiedade, essa angústia? Somos a referência na América Latina e estamos trabalhando", afirmou o general durante a solenidade.
Pazuello ainda fez questão de frisar que todos os estados serão tratados de forma igualitária. “Todas as vacinas terão prioridade no SUS. Isso está pacificado”, declarou. "Sairemos um país mais forte, uma democracia mais estável. Todos os Poderes se alinham e funcionam da maneira correta. Nós, brasileiros, vamos ganhar essa guerra. O Brasil imunizado é o nosso objetivo. Somos todos uma só nação", concluiu em uma clara referência a líderes que buscam imunizações próprias para municípios e estados.
Durante seu pronunciamento, o presidente Jair Bolsonaro fez sua mea culpa e reconheceu a dimensão do problema provocado pelo coronavírus. "Não sabíamos o que era esse vírus, como ainda não sabemos em grande parte. E nós todos, irmanados, estamos na iminência de apresentar uma alternativa concreta para nos livrarmos desse mal", afirmou Bolsonaro.
O presidente ainda fez questão de minimizou divergências com governadores com relação à vacinação. "A grande força que todos nós demonstramos agora é a união para buscar a solução de algo que nos aflige há meses. Se algum de nós extrapolou ou até exagerou, foi no afã de buscar solução", declarou em outro trecho do discurso.