A greve nacional dos Correios teve adesão de cerca de 40% dos trabalhadores do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares de Uberaba e Região (Sintect-URA). No país, a adesão foi de 70%. Não há prazo para o fim da paralisação na estatal, iniciada na noite da última segunda-feira (17).
O Sintect-URA, que atua em 156 cidades do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, além de parte do Norte e do Sul de Minas, informou que nenhuma agência desses municípios foi fechada, pois é necessário manter o quantitativo mínimo de servidores, que é de 30%. Foram mantidos em funcionamento os setores primordiais, para que as entregas de objetos essenciais sejam feitas dentro do prazo.
A paralisação, de acordo com o sindicato, é para exigir o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, que estaria em vigência até 2021. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentec), esse acordo foi revogado neste mês.
Ainda segundo a Fentect, os grevistas são contra a privatização da estatal, reclamam do que chamam de "negligência com a saúde dos trabalhadores" na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos. A entidade afirma que os sindicatos tentam dialogar com a direção dos Correios desde julho sobre estes pedidos, o que, segundo eles, não aconteceu.
De acordo com texto publicado no site da federação, "Foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio-creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras."
Fonte: G1 - Triângulo Mineiro