Doze mulheres se tornaram amigas antes mesmo do nascimento e, atualmente, todas têm 50 anos. Diferente da gangue de "Oito Mulheres e um Segredo", a missão do grupo feminino não teve sigilo: foi celebrar as cinco décadas de amizade com uma festa na quinta-feira (14), em Urupês (SP). Elas só não imaginavam que a comemoração se tornaria o "evento da cidade".

O que era para ser uma reunião voltada aos familiares e alguns amigos acabou atraindo aproximadamente 260 pessoas para um restaurante-bufê do município.

A agropecuarista Fernanda Palhares, uma das organizadoras mais animadas, disse ao g1 que a notícia circulou rapidamente entre os moradores.

"As pessoas meio que se convidaram para a festa. Teve gente que falou que pagava o convite para poder participar", contou.

Diante de tanta aceitação, as amigas decidiram pedir donativos aos participantes, como fraldas geriátricas. Os itens arrecadados serão destinados ao asilo de Urupês.

Além de Fernanda, a turma das "Luluzinhas" é formada por Adriana Regina Carnielo de Carvalho, Alessandra Barboza Sambrano, Andreia Cristina Marchioni Zanluchi, Leiliane Isley Muniz Ribeiro, Luciana Maria Zaupa Vidotto, Luciana Pinheiro, Rosicler Pardo Cabral Gregio, Selma Cristiane Siqueira Pedroso, Simone Cristina Jurca Soldati, Vanessa Rezende Crivelaro e Vanessa Simone da Silva.

"É uma amizade que vem desde o útero das nossas mães. A gente ri junto, a gente chora junto", explica a empresária Leiliane Ribeiro, de 50 anos, que também não esperava tamanha repercussão da festa.

As 12 mulheres convivem desde bebês. Fernanda conta que, como a cidade era menor, as famílias estavam sempre próximas. Os pais delas frequentavam as casas e os negócios uns dos outros.

"Meu pai tinha açougue e a gente vivia sempre ali. A outra tinha um quintal enorme em casa, e a gente brincava embaixo de três jabuticabeiras. Era brincadeira de esconde-esconde", lembra Fernanda.

Entre os momentos marcantes dessa amizade, Leiliane destaca as reuniões em casa quando eram crianças. "As meninas sempre iam para comer o arroz com ovo da minha mãe. Ela sempre foi muito acolhedora e queria todas dentro de casa", lembra a industriária. "A gente brincava de circo."

Fonte: G1 Rio Preto