Um incêndio de grandes proporções atingiu aproximadamente doze barracos de moradores do assentamento 'Luis Gustavo Henrique', na tarde da quarta-feira, 18, na Fazenda Colômbia. O incêndio atingiu também uma área de proteção permanente-APP. No mesmo dia, outros incêndios estavam ocorrendo na região, como Guaíra, Barretos e Frutal-MG.
O incêndio assustou os moradores.
Com o fogo, a fumaça atingiu a cidade e moradores próximos do canavial deixaram suas casas.
Segundo a bióloga Maria Inácia, o fogo começou na segunda-feira, 16, mas foi contido. Entretanto na quarta-feira, cinco focos de incêndio surgiram praticamente no mesmo horário, em pontos diferentes.
Na cidade, o incêndio também foi motivo de preocupação, pois houve falta de energia e do abastecimento de água.
A rodovia SP-326 (Faria Lima), chegou a ser interditada por volta das 15 horas pela PMR e DER no Quilômetro 446 em virtude da quantidade de fumaça.
De acordo com o INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Colômbia é a terceira cidade do estado de São Paulo com maior quantidade de casos de incêndio. Ao todo foram 538 casos registrados. Barretos ocupa a primeira posição com 613 casos.
“Conseguimos, com ajuda de moradores, conter as chamas para evitar maiores perdas, mas infelizmente veículos, galinhas, porcos e cavalos foram atingidos. O fogo conseguiu se alastrar pelos quatros núcleos do assentamento. As famílias vivenciaram um verdadeiro momento de terror, onde assistiram a perda de tudo que tinham”, relata Nayra Rodrigues, moradora do assentamento.
De acordo com ela, foi providenciada a retirada das crianças e idosos para evitar a intoxicação, mas, por falta de equipamentos e pessoas especializadas, quem ficou pra ajudar a conter o fogo, foi parar no hospital devido ter contato direto com a fumaça.
Nayra contou que, em 2017, o assentamento vivenciou uma situação semelhante, mas que dessa vez foi pior. As famílias se organizaram entre si para providenciar dormitórios e alimentação para os atingidos.
Polícia suspeita de incêndios criminosos.
O incêndio foi combatido com a ajuda dos moradores e caminhões-pipa da Prefeitura Municipal e da Usina Guarani, do grupo Tereos. Um helicóptero Águia, da PM, com agentes do Corpo de Bombeiros, sobrevoou a área para visualizar se ainda existiam mais focos de incêndio.
Uma reunião foi realizada na sede da fazenda por parte dos assentados e integrantes da Associação Encontro das Águas para decidirem os rumos a serem tomados após o incêndio.
“O clima está muito seco, o calor esta intenso, o que também acabou agravando e contribuindo com a situação. Eu só tenho a agradecer à classe política da cidade e a Maria Inácia, que não mediu esforços para nos ajudar”, explica Paulo Rodrigues, coordenador geral do assentamento.
Em entrevista, o líder chegou a falar de pessoas que os acusam de serem eles mesmo os causadores dos incêndios.
Fonte: NC Portal de Notícias - Colômbia/SP