Morreu, na segunda-feira (18), Marta Maria Alves, a paciente que ganhou uma cerimônia de casamento dentro da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), em Uberaba, no dia 18 de novembro do ano passado.
Marta faleceu às 9h20 no Hospital Frei Gabriel, em Frutal, cidade onde ela morava. Por telefone, a gestora do hospital, Silva Alves, informou à reportagem que a causa da morte não pode ser divulgada.
Marta tinha 41 anos e tinha um problema grave no intestino. Segundo a assessoria do MPHU, ela havia recebido alta da unidade no dia 22 de dezembro.
Sonho realizado
O sonho de trocar as alianças com Ezenildo Almeida do Carmo, também de 41 anos, foi realizado pela equipe do hospital depois que Marta revelou que tinha o desejo de se casar no religioso com o companheiro. Os dois estavam juntos há mais de dez anos, mas nunca tinham tido uma cerimônia para selar a união.
Essa foi a primeira vez que um casamento foi realizado no MPHU. A cerimônia foi marcada pela emoção. Com direito a vestido de noiva e marcha nupcial, foi uma festa completa para Marta ver todos reunidos na realização do sonho dela, principalmente os familiares, que ela não via há alguns dias.
Segundo Marta, o casamento foi um propósito feito com Deus e quer que seja um exemplo de força para as pessoas.
"Quero dar o exemplo para que as pessoas não desistam dos sonhos. A gente acha que a vida já está acabada só porque estamos dentro de um hospital. Quero mostrar que é o contrário. É um recomeço e não um fim. Que as pessoas renovem a fé no momento de dificuldade".
Na época, Ezenildo, disse que a felicidade da esposa não tinha preço. "Não há dinheiro que pague em ver o sorriso e a alegria da Marta. Era o sonho dela e eu fiquei muito feliz de poder realizar esse sonho", afirmou.
Paciente ganha cerimônia de casamento em hospital e diz: 'não desistam dos sonhos'
O sonho de ter uma cerimônia de casamento virou realidade para Marta Maria Alves, de 41 anos, que tem um problema grave no intestino. Ela está internada no Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU) em Uberaba há 16 dias.
Marta realizou a vontade de trocar as alianças com Ezenildo Almeida do Carmo, também de 41 anos, dentro da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neste domingo (18). Ela tem cinco filhos e Ezenildo tem uma filha. Os dois estão juntos há mais de dez anos e moram em Frutal, mas nunca tinham tido uma cerimônia para selar a união.
A ideia de fazer um casamento surgiu da equipe da UTI do MPHU, depois que Marta revelou que tinha o desejo de se casar no religioso com Ezenildo. Os preparativos começaram na última sexta-feira (16), segundo Michelle Cristina de Oliveira, enfermeira responsável pelo setor de UTI adulto no período matutino.
"Fizemos um grupo no WhatsApp e fomos listando as coisas necessárias para o casamento. O esposo de uma das técnicas de enfermagem é pastor e celebrou a união. Uma enfermeira tinha uma amiga cabeleireira e maquiadora, que se ofereceu para arrumar a Marta, e também uma amiga que se ofereceu para cantar e tocar. Fiz a decoração e um levou salgadinho, outro levou bolo, vestido de noiva, as alianças. Todos ficaram empenhados em fazer o melhor", contou Michelle.
Essa foi a primeira vez que um casamento foi realizado no MPHU. A cerimônia foi marcada pela emoção. Com direito a vestido de noiva e marcha nupcial, foi uma festa completa para Marta ver todos reunidos na realização do sonho dela, principalmente os familiares, que ela não via há alguns dias.
"Fiquei meio assustada no início com a surpresa, porque eu não imaginava que isso ia acontecer. Arrumaram meu cabelo, me maquiaram e fiz as unhas. Quando eu me olhei no espelho eu não tinha me reconhecido, porque, afinal, só fico numa cama de hospital. E então eu me senti bonita. Me desabei em lágrimas. Foi muito lindo e estou muito feliz", diz Marta.
Para Ezenildo, a felicidade da esposa não tem preço. "Não há dinheiro que pague em ver o sorriso e a alegria da Marta. Era o sonho dela e eu fiquei muito feliz de poder realizar esse sonho", afirmou.
O pastor da Igreja União Primitiva, Adjar Barcelos Cunha, disse que foi um momento único poder ter a honra de ter celebrado o casamento entre Marta e Ezenildo. "Foi muito gratificante e emocionante poder levar um pouco de alegria para a Marta através desse gesto humanitário que o hospital proporcionou. Apesar desse momento difícil, a Marta tem uma força muito grande", comentou Adjar.
Segundo Marta, o casamento foi um propósito feito com Deus e quer que seja um exemplo de força para as pessoas. "Quero dar o exemplo para que as pessoas não desistam dos sonhos. A gente acha que a vida já está acabada só porque estamos dentro de um hospital. Quero mostrar que é o contrário. É um recomeço e não um fim. Que as pessoas renovem a fé no momento de dificuldade".
Para a enfermeira Michelle, não há explicação da emoção que foi poder ajudar Marta a realizar o sonho dela, que foi um exemplo de ações humanitárias que ocorrem no MPHU.
"Não teve como não chorar; todos se emocionaram. A gente tem buscado fazer esse tipo de ação dentro da UTI, como levar o paciente para passear no jardim, arrumar o cabelo, andar pelo setor, para incentivar a humanização da equipe. Foi muito importante a gente fazer esse casamento", ressaltou.
Ainda de acordo com a enfermeira, no momento da visita para Marta, os protocolos de higienização e vestuário especial foram seguidos pelos visitantes.