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Polícia Civil de Minas Gerais prende mãe investigada por tortura contra a filha de três anos de idade em Itapagipe

Polícia Civil de Minas Gerais prende mãe investigada por tortura contra a filha de três anos de idade em Itapagipe

Em 15 de agosto do ano corrente, o Conselho Tutelar de Itapagipe noticiou a Polícia sobre possível tortura cometida contra uma criança de três anos, do sexo feminino. A suspeita é de que o autor seja seu padrasto.

A criança apresentava lesões por todo o corpo, muitas delas indicando ter sofrido golpes com fio de carregador de celular, além de golpes contundentes.

Ainda, foi encontrada arma de fogo na residência do padrasto e da mãe da criança, resultando na prisão em flagrante daquele.

O caso tomou repercussão após vazamento de fotos da criança lesionada em redes sociais.

Deflagradas as investigações, a Polícia Civil apurou que as agressões configuradoras de tortura vinham ocorrendo há semanas, e que a mãe da criança nunca a levou a atendimento médico, bem como nunca noticiou os fatos aos órgãos policiais ou ao Conselho Tutelar.

“A despeito de a mãe imputar a autoria da tortura ao padrasto, narrando que o fez para castigar a criança, nos chamou a atenção o comportamento omissivo da mãe, que sequer levou a filha a atendimento médico, além de não levar os fatos ao conhecimento da Polícia ou Conselho Tutelar, faltando com seu dever de agir em relação à proteção integral da filha.” – Delegado Rafael Gomes.

Além das agressões, há indícios de que a criança estava sem ser alimentada há algum tempo, quando apresentada ao atendimento médico, dizendo que, além de seu padrasto, sua mãe também seria responsável pelas lesões que apresentava.

O Conselho Tutelar determinou que a criança ficasse temporariamente sob os cuidados da avó materna. Porém, a Polícia Civil percebeu que a mãe da criança também se mudou para a mesma residência, mantendo a proximidade com a vítima.
A Polícia Civil representou pela prisão temporária da mãe da vítima para verificar se seu grau de responsabilidade se resume à omissão no delito de tortura, ou se participou diretamente na prática da “tortura-castigo”, em coautoria com o padrasto, explicou o Delegado que preside a investigação.

A operação contou com apoio de policiais civis de Frutal.

EQUIPE:
Rafael Gomes – Delegado
Juliano – Inspetor
Isaac – Investigador
Phelipe – Investigador
Mariana – Investigadora

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