Dois dos 55 filhos da pastora evangélica e deputada federal Flordelis dos Santos (PSD) foram presos nesta segunda-feira (17), acusados de envolvimento na morte do marido dela, o pastor Anderson do Carmo de Souza, que foi assassinado com pelo menos 15 tiros na garagem da própria casa, em Pendotiba, bairro de Niterói, no Rio de Janeiro. Embora tenham sido presos por outras acusações, eles são investigados pela Polícia Civil por possível envolvimento no crime.

O primeiro detido é filho biológico de Flordelis e tem 38 anos. A prisão ocorreu durante o enterro do padrasto e prestou depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói. O homem tinha um mandado de prisão preventiva em aberto por violência doméstica. Em janeiro, a Justiça determinou que ele mantivesse distância da ex-mulher, além de outras medidas protetivas. Ao desrespeitar as determinações, o homem se tornou alvo da ordem de prisão, que foi cumprida na segunda-feira (17).

O outro filho com possível envolvimento no crime tem 18 anos e é um dos 51 filhos adotivos do casal. Antes de completar a maioridade, o jovem, teria se envolvido com o tráfico. A ordem de prisão contra ele foi emitida por conta desta suposta conduta. Ele foi detido na casa da família e seria encaminhado para uma unidade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas.

A principal linha de investigação da PC considera que os dois agiram juntos e mataram Anderson do Carmo de Souza para defender a mãe, após descobrir um caso extraconjugal do pai. Há ainda outra hipótese, mas que perdeu força, de que tenha havido uma briga familiar em razão de uma dívida.

Já a deputada Flordelis contestou a hipótese de que um de seus filhos tenha cometido o crime: "Isso é ridículo, acusar alguém sem provas", afirmou, durante o enterro de Souza. Ela acredita que o marido foi morto durante uma tentativa de assalto, em um latrocínio. "É nisso que eu acredito: que foi um assalto e ele morreu defendendo a família."

A advogada que atende a família afirmou que a ex-mulher do filho de Flordelis vai informar à Justiça que não deseja mais as medidas protetivas e, segundo a advogada, a mulher esteve no enterro com o ex-marido antes de ele ser preso.

Souza e Flordelis voltavam de uma confraternização e teriam sido seguidos até a casa deles. Segundo a deputada contou à polícia, depois que chegaram em casa, o marido voltou à garagem porque teria esquecido algo dentro do carro. Nesse momento, a família ouviu o som dos disparos e desceu correndo. Souza chegou a ser levado ao Hospital Niteroi D’Or, onde morreu. Os atiradores fugiram sem levar nada.

*Com informações do Estado de Minas