Na tarde da última terça-feira, dia 28 de abril, o Jornal “O Tempo” de Belo Horizonte publicou uma matéria que dizia que suspostamente 54 municípios mineiros teriam aplicado doses de vacinas com datas de validade vencidas. Ao todo 534 pessoas teriam recebido uma dose do imunizante, ainda de acordo com a matéria a diferença entre as datas de vencimento e de aplicação chegariam a 25 dias.
A informação causou preocupação e assustou a população frutalense já que segundo a publicação, em Frutal haveria duas pessoas que teriam tomada as doses vencidas. A informação pegou a Secretaria Municipal de Saúde de surpresa já que o jornal nem sequer procurou o órgão antes de publicar a matéria.
Depois de tomar conhecimento da publicação, a secretaria de saúde, Lamonise Ribeiro, reuniu imediatamente toda a equipe de imunização da pasta e também entrou em contato com o superintendente regional de saúde, com o coordenador regional de vigilância em saúde e com a coordenadora regional de imunização para que esses fatos fossem apurados e esclarecidos. “Além disso, trabalhamos incansavelmente para identificar quem seriam essas duas pessoas que suspostamente teriam tomado as doses da vacina e constatamos que se tratava de duas servidoras municipais que entenderam a situação e em momento nenhum duvidaram que estivessem devidamente imunizadas”.
Simultaneamente a secretaria de saúde começou a investigar o que teria acontecido para que essa informação equivocada fosse publica no sistema do Ministério da Saúde e causasse todo esse transtorno. “Verificou-se que ao fazer o registro das doses no sistema informatizado do ministério o servidor responsável clicou no link errado do número do lote de identificação dessas duas vacinas e como esse sistema ainda está em construção, ela não permite que o erro seja corrigido”, explicou Lamonise.
A secretária de saúde ainda salientou que todos os lotes de vacinas que chegam até Frutal têm os prazos de validade conferidos por pelo menos três vezes. “O governo faz uma conferência dos lotes quando eles chegam em Belo Horizonte, a Superintendência Regional também faz isso quando as doses chegam à Uberaba e aqui nós também fazemos antes de repassarmos às unidades de vacinação. Na hora da aplicação, os vacinadores também apresentam para as pessoas que estão sendo imunizadas qual é o número da dosagem dentro do frasco, e esse número também fica registrado no Cartão de Vacinação dessa pessoa”.
Já a coordenadora da vigilância em saúde, Patrícia Xavier Silva Barbosa, informa que as doses sempre chegam acompanhadas de nota fiscal. “Vem o lote e a quantidade registrada na nota, nesse caso em questão que gerou toda essa polêmica nós recebemos o referido lote no dia 26 de fevereiro com validade até o dia 29 de março. E posso garantir que todas as doses foram aplicadas dentro do prazo de validade”.
Patrícia aproveita para esclarecer que também não procede a notícia publicada pelo Jornal da Manhã de Uberaba na qual o órgão de imprensa afirma que o município de Frutal teria aplicado em seis pessoas doses de fabricantes diferentes, ou seja, que as pessoas teriam recebido na primeira etapa o imunizante de uma marca e na segunda etapa uma vacina de outro fabricante. "Isso não ocorreu em hipótese nenhuma, o problema é que o sistema do Ministério da Saúde não permite correções quando ocorre a digitação uma informação equivocada”.
O prefeito Bruno Augusto destacou que Frutal é um dos poucos municípios mineiros que está seguindo a risca o plano de imunização determinado pelo estado de Minas Gerais. “Por isso, é lamentável que algumas pessoas maldosas usem da saúde e de uma pandemia para fazer politicagem e alarmar a população”.
Além disso, Bruno explica que um único frasco contém dez doses de vacina. “Então como em um mesmo frasco oito doses não estariam vencidas e duas supostamente estariam? Isso não faz nenhum sentido. Faltou ao Jornal O Tempo se informar melhor sobre esse importante tema e não evitar alarmar o povo mineiro com essa lamentável Fake News”.