Na tarde desta quinta-feira (19), a imprensa de Frutal acompanhou uma entrevista concedida pela promotora Daniela Campos Abreu Serra titular da Terceira Promotoria da Comarca de Frutal. Ela discorreu sobre a contratação da auditoria feita pela Câmara de Vereadores, para apontar possíveis irregularidades durante quatro gestões de presidentes da casa de leis compreendidos entre os anos de 2013 até 2017. O documento foi entregue à promotoria pelo vereador Querino François De Oliveira Vasconcelos, ex presidente da Câmara.
De acordo com a promotora, algumas empresas foram favorecidas em processos de licitação na Câmara de Vereadores de Frutal, mas ela deixa claro que a seu entender, as mesmas não praticaram algum ato para serem beneficiadas. Ela esclarece ainda que observou alguns crimes praticados, mas que que não obeservou requisitos que possam proceder prisões preventivas.
A promotora de justiça ressalta que não vislumbrou que exista desvio de dinheiro para uma ou outra pessoa que trabalhou ou trabalhe na Câmara de Frutal. Daniela Campos Abreu Serra comentou ao final da entrevista, que deve se tomar cuidado quando da contratação de empresas para prestarem serviços à órgãos públicos.
A CÂMARA DE FRUTAL ENVIOU UMA NOTA À IMPRENSA SOBRE A ENTREVISTA CONCEDIDA PELA PROMOTORA DANIELA CAMPOS ABREU SERRA:
“A Câmara Municipal de Frutal vem a público esclarecer que teve conhecimento das ações ajuizadas pelo Ministério Público apenas na tarde desta quinta-feira, pela imprensa, uma vez que não foram expedidos ofícios ou comunicações oficiais do Poder Judiciário para esta casa.
No entanto, trata-se de ações originadas de um intenso trabalho de auditoria realizado na Câmara Municipal no ano de 2017, contratado pelo ex-presidente Professor Querino, com o intuito de se estabelecer uma radiografia do Poder Legislativo para que possíveis erros do passado não perdurassem ao longo dos anos.
Até a presente data o relatório final da auditoria permaneceu sob segredo de justiça por determinação do Ministério Público. No entanto, a consultoria jurídica da câmara desde o ano de 2017 vem realizando adequações internas no Legislativo a fim de sanar quaisquer problemas e vícios apontados a partir da auditoria, permitindo que todos os erros pudessem ser sanados com o estabelecimento de instruções normativas e outros dispositivos legais para balizar as ações da Câmara Municipal de Frutal.
Desta forma, é com naturalidade que a atual mesa diretora recebe a notícia de que ações foram ajuizadas, destacando que quaisquer erros eventualmente apontados pela auditoria ou que sejam objetos de ações do Ministério Público, se já não estiverem sanados, estão em processo de correção, garantindo desta forma a total lisura dos procedimentos legislativos e o zelo com o bem público.
Assim que a Câmara tiver acesso às ações ajuizadas, prestaremos mais esclarecimentos que possam ser apresentados pela imprensa frutalense”.