No dia 29 (domingo) uma série de queimadas em terrenos do entorno da Avenida Mário Palmério, próximo à UEMG, ocasionou a morte de aproximadamente 50 mudas de Ypê Mirim que foram plantas durante a execução do Projeto de Extensão AMBIUEMG. A arborização nessa região tem o intuito de aumentar o conforto térmico para as pessoas que transitam a pé, tanto para os alunos que precisam chegar à Unidade, quanto para a população frutalense que utiliza a área para fazer caminhadas.
O professor Jhansley Ferreira da Mata e a professora Vanesca Korasaki alertam sobre as consequências das queimadas: “As constantes queimadas que ocorrem em Frutal levam a perda de espécies nativas e espontâneas, e perda de matéria orgânica, pois o solo pode chegar a uma tempera 400°C.
A perda de cobertura do solo o deixa desnudo, podendo ocasionar grande quantidade de deslocamento deste (erosão hídrica e eólica) assoreando o córrego do entorno, já que as áreas desnudas ficam próximas a Área de Preservação Permanente - APP.
Outro problema grave das queimadas é relacionado à saúde humana, devido à liberação de dióxido de carbono e fuligem, que afeta em especial crianças e idosos, que são mais vulneráveis a doenças respiratórias. Assim, verificamos a falta de conscientização da comunidade e donos do terreno, e a deficiência de fiscalização de órgãos competentes, conforme a legislação municipal os terrenos devem permanecer limpos. A manutenção do mato nestes, irá contribuir para que os incêndios não ocorram”.
Segundo o Prof. Dr. Allynson Takehiro Fujita, as queimadas reduzem significativamente a qualidade do ar, tanto em ambiente urbano quanto no rural, várias substâncias químicas são lançadas para atmosfera, as principais classes são os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), dioxinas, furanos, além dos compostos orgânicos voláteis (COVs), óxido de nitrogênio, monóxido de carbono, ozônio, entre outras. A prática de queimadas no ambiente urbano potencializa os danos promovidos pela poluição veicular e industrial nas cidades.