Vereadores da Câmara de Frutal fizeram uma visita, na manhã de terça-feira (22), ao novo poço profundo que está sendo perfurado pela Copasa no Bairro Frutal II. O trabalho de perfuração já está adiantado, tendo atingido cerca de 1040 metros de profundidade. Posteriormente, serão feitos tomadas outras medidas para conclusão da obra que visa resolver o problema de abastecimento da cidade.
O gerente regional da Copasa, Júlio César Caetano da Silva, que atendeu à solicitação da visita pelos vereadores, explica que o poço terá 1.200 metros de profundidade e vai atingir o Aquífero Guarani, tendo uma estimativa de captação de 100 litros de água por segundo.
Segundo ele, assim que foi atingida a água, terá uma vazão e logo terá início a segunda etapa do projeto que é equipar o poço. O gerente informa que, nesta etapa de perfuração (que deve ser concluída em torno de 40 dias), já foram investidos cerca de R$ 6 milhões e, depois, serão mais R$ 6 ou 7 milhões para equipar o poço.
Também serão feitas algumas redistribuições, um reservatório e, talvez, um elevatório, sendo que a estimativa total do investimento gira em torno de R$ 18 a 20 milhões. Entretanto, o gerente Júlio César adianta que, para esse ano, o poço ainda não consegue suprir todo o abastecimento necessário, visto que desde o ano passado, o Ribeirão Frutal estava com um nível de água bastante baixo.
“Estamos providenciando para concluir o mais rápido possível e que esteja tudo equipado até junho de 2024. No ano que vem, a gente acredita que não vamos ter esse problema. A Copasa tem outros poços que não são dessa profundidade e estamos perfurando mais alguns dentro das nossas áreas para que a situação fique menos problemática. É um trabalho que estamos fazendo o tempo todo para evitar que aconteça desabastecimento da população”, garante.
O gerente explica ainda que será preciso colocar um resfriador porque a água chegará com cerca de 50 graus Celsius e não poderá ser colocada para abastecimento nessa temperatura. Depois de resfriada, ainda precisam ser adicionados o cloro e flúor, para que esteja potável e possa atender as portarias exigidas.
A empresa também precisou fazer um trabalho de conscientização junto aos moradores para que estendessem a necessidade da obra, uma vez que a perfuração ocorre durante 24 horas por dia, sem parar, e provoca muito barulho.
Além disso, o gerente pede para que a população tenha consciência e evite desperdício. “A água é um bem de todos. Não se pode pensar em gastar e deixar o vizinho e outras pessoas em desabastecimento. Se as pessoas se conscientizarem, não vai faltar água para ninguém”, conclui.