Amigos e familiares se despedem, nesta quinta-feira (14), das oito vítimas do massacre em Suzano (SP). Na quarta (13), dois criminosos abriram fogo e mataram sete pessoas na Escola Estadual Raul Brasil. Antes do ataque, um deles baleou e matou o próprio tio em uma loja de automóveis.
Um velório coletivo, com seis das vítimas, ocorre desde as 6h30 na Arena Suzano no Parque Max Feffer. Desde então, mais de 5 mil pessoas passaram pelo local. Lá são velados:
- Caio Oliveira, 15 anos, estudante
- Kaio Lucas da Costa Limeira, 17 anos, estudante
- Samuel Melquíades Silva de Oliveira, 16 anos, estudante
- Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos, estudante
- Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos, inspetora
- Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos, coordenadora pedagógica
O velório de Douglas Murilo Celestino começou por volta de 1h em uma igreja evangélica em Suzano.
O corpo do comerciante Jorge Antonio de Moraes está sendo velado no Cemitério Colina dos Ypês, em Suzano, onde será sepultado.
Parentes velam a inspetora Eliana Regina de Oliveira Xavier em Suzano nesta quinta-feira (14) — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Uma pessoa toca as mãos de uma das vítimas do massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, durante velório nesta quinta-feira (14). Os corpos de seis vítimas foram velados no local — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Parentes velam uma das vítimas do massacre em Suzano nesta quinta-feira (14) — Foto: Miguel Schincariol/AFP
Velório coletivo
Mais de 20 coroas de flores estão distribuídas pela arena. Uma grade divide a área reservada para as famílias das vítimas, e um corredor foi montado para o público circular pelo local.
Uma missa ecumênica está prevista para acontecer no local às 11h. Os corpos sairão da Arena às 15h, com um intervalo de 30 minutos entre cada um e seguirão em cortejo até o cemitério. Eles serão enterrados no Cemitério São Sebastião, com exceção do corpo de Marilena Umezo, que será sepultado apenas no sábado (16), quando um dos filhos dela retornar do exterior.
O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, e o ministro da Educação, Ricardo Vélez, estiveram na Arena. Vélez passou diante de cada caixão e abraçou as famílias. O governador de São Paulo, João Doria, também é esperado no local.
Rosana Silva e Antônio da Paz são voluntários de ONG que aborda o tema da violência e foram prestar solidariedade ás famílias das vítimas do massacre da Escola Raul Brasil em Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1
Rosana Silva é tia de uma das vítimas, Eliana Xavier, e também é voluntária de uma ONG que trata de violência. Ela foi se despedir da sobrinha e prestar solidariedade às outras famílias de vítimas.
"É muito triste tudo isso que está acontecendo, foi uma coisa inesperada. Cadê a segurança? Nossos filhos vão para escola e a gente não sabe se eles vão voltar? Nosso governo libera armas e não pensa nas consequências. Olha quantas vidas perdidas, quantas famílias destruídas", disse Rosana.
Sobre a sobrinha, ela contou que era uma pessoa muito boa, tratava bem todo mundo. "Sempre gostou de trabalhar lá e era muito amiga dos alunos", afirmou. Eliana era agente de organização escolar.
Cerca de 50 profissionais da rede municipal de saúde estão prestando atendimento na Arena Suzano, entre médicos psiquiatras e clínicos gerais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e assistentes sociais.