O ritmo na linha de produção, que já era intenso em um frigorífico em Estrela d'Oeste (SP), aumentou nos primeiros meses de 2024. Em uma das unidades, a alta foi por volta de 10%, já em todo o grupo, passou de 30%.
De acordo com o levantamento do Serviço de Inspeção Federal, que é responsável por fiscalizar e fazer o registro de produtos de origem animal destinados ao consumo, o Brasil registrou um aumento de 26%. Empresários do setor dizem que além do consumo interno não ter caído após as festas de fim de ano, o que ajudou foi a exportação.
Para garantir a entrega dos pedidos dentro e fora do país, o frigorífico aumentou o quadro de funcionários em 10%, além de investir em tecnologia.
Em uma propriedade localizada em Cardoso (SP), o gerente agropecuário de um grupo que cria os mais de 2 mil animais em sistema de semiconfinamento acredita que o aumento no setor de abate se dá graças ao descarte de fêmeas e a baixa no valor dos bezerros e consequentemente a baixa de arroba.
Com mais animais no mercado, entra em cena a lei da oferta e procura. É o que tem acontecido nesses primeiros meses do ano com o valor da arroba.
Atualmente, a arroba está em torno de R$230 a R$240, enquanto no mesmo período do ano passado estava em torno de R$280 a R$300. De acordo com o agropecuário, a expectativa para os próximos meses é de que essa baixa no valor seja mantida neste semestre.
Para quem trabalha exclusivamente com fêmeas, o cenário não é diferente. Em uma propriedade em Jales (SP), são mais de 1,5 mil animais, todas fêmeas, uma preferência do pecuarista em busca de rentabilidade.
Fonte: G1 Rio Preto