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Zema diz que Minas Gerais vai dobrar capacidade para fazer exames de coronavírus até esta quarta-feira

Zema diz que Minas Gerais vai dobrar capacidade para fazer exames de coronavírus até esta quarta-feira

O governador Romeu Zema concedeu entrevista exclusiva ao MG1 nesta terça-feira (31), em que comentou sobre a realização de exames para diagnosticar coronavírus no estado, falou sobre o estudo que está sendo feito para reabrir alguns setores da economia e respondeu à denúncia de que muitos profissionais de saúde estão trabalhando sem equipamentos de segurança.

A entrevista ocorreu no mesmo dia em que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou a segunda morte causada pelo novo coronavírus em Minas Gerais. Outras 40 mortes são investigadas no Estado, que já tem 275 casos confirmados.

Veja a seguir os principais pontos de sua entrevista.

Exames de diagnóstico

O governador disse que levou uma força-tarefa da Secretaria de Estado da Saúde para ajudar nos trabalhos de testes de diagnóstico do coronavírus que são feitos pela Fundação Ezequiel Dias, a Funed. Segundo ele, a fundação vinha realizando 200 exames por dia e, até esta quarta-feira (1º) passará a ter capacidade para fazer 400 exames, podendo chegar, em "dois a três dias", a 1.800 testes por dia após o treinamento do pessoal que chega para reforçar.

Além disso, segundo Zema, um primeiro lote de 500 mil exames, de um total de 5 milhões, desembarcou no país na manhã desta terça-feira (31) para ser distribuído pelo governo federal aos estados.

Ele destacou que outros estados têm muito mais casos suspeitos e de pessoas contagiadas do que Minas Gerais, sendo, portanto, prioritários para o envio desses testes.

Reabertura do comércio

Perguntado sobre o anúncio feito por ele de que o governo vai estudar, a partir desta semana, alternativas para reabertura de empresas de alguns setores estratégicos, Romeu Zema disse que vai preservar, "acima de tudo, a vida humana". "É nossa prioridade número 1, isso tem que ficar muito claro".

Ele disse que haverá uma seleção, de acordo com as especificidades de cada setor, município ou estabelecimento:

"Um estabelecimento comercial onde trabalham duas pessoas e tem 10 m² não vai ter o mesmo tratamento de um cinema ou uma sala de eventos que comportam 800 pessoas".

Um dos segmentos que ele destacou seria o das assistências técnicas.

"Precisamos das assistências técnicas. Tem caminhão parado porque falta lona de freio. As assistências técncias precisam estar funcionando. Porque tratores que estão plantando ou colhendo pararam. Toda essa cadeia produtiva de alimentos não pode parar. Apareceram muitas reclamações de caminhões parados e tratores sem poder operar, e isso é muito perigoso. Daqui a pouco o alimento fica escasso e mais caro, tenho certeza que não é isso que a população quer".
 

Questionado sobre críticas de especialistas da saúde para essa possível reabertura de comércios, Zema disse que as encara com "naturalidade".

"Estamos fazendo todo um estudo com embasamento, e não com achismo, e tenho certeza que esse médico preferiria que algumas oficinas estivessem abertas do que milhões de pessoas fiquem sem alimento. Não estou reabrindo lojas de perfumaria, de calçados ou de joias, isso tudo pode aguardar – e vai aguardar num segundo momento. Mas o que é essencial ao ser humano eu não vou deixar faltar. Não quero que falte nem alimento no supermercado e nem medicamento nas farmácias. Para isso, tenho que dar condição de o agricultor trabalhar. Estou tomando medidas, mas com muito critério e muita responsabilidade."
Fonte: G1 - Minas Gerais

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