A Polícia Civil investiga uma denúncia de estupro de vulnerável dentro da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no Campus Educação Física. A vítima seria um homem de 33 anos com deficiência intelectual. O crime ocorreu na última terça-feira (19) e duas pessoas foram conduzidas para a delegacia.
De acordo com a Polícia Militar (PM), a vítima foi ao local junto com a mãe, para participar de um projeto social. A mãe contou aos policiais que ao chegaram ao campus cada um se dirigiu para um banheiro, depois ela saiu e ficou à espera do filho.
Ainda conforme a PM, ela se preocupou com a demora e começou a chamar por ele, mas não teve resposta. Depois acionou uma funcionária, que encontrou no banheiro as roupas da vítima jogadas no chão e sujas de fezes.
Em seguida, um vigilante do campus foi até o local e viu um suspeito dentro de um dos boxes, enquanto a vítima se lavava em um chuveiro. Um outro suspeito foi visto saindo do local.
Suspeitos
Um dos suspeitos do crime é um jovem de 29 anos que trabalha em uma empresa terceirizada que presta serviço no campus. Segundo o Boleto de Ocorrência, ele disse que estava deitado em um que dá acesso ao banheiro e notou que havia uma pessoa naquele local. Informou ainda que viu a vítima entrar, mas não presenciou nada estranho. O outro suspeito, de 47 anos, contou estar dentro de um box e não presenciou nada.
A vítima foi ouvida, porém, não falava o que tinha ocorrido, não apresentava sinais de agressão e outras questões aparentes que podiam indicar violência. Depois, o homem foi encaminhado para a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Bairro Tibery, onde passou por exames que constataram lesões na região anal.
Câmeras de segurança da UFU mostram que, durante o tempo em que a vítima estava dentro do banheiro, os dois envolvidos também estavam lá. Assim, eles foram conduzidos à Delegacia de Plantão por suspeita de estupro de vulnerável.
Investigações
A Polícia Civil, em nota, informou que apura o caso. A UFU, através da Prefeitura Universitária e da coordenação do projeto social, informou que: “Ao tomarem conhecimento da denúncia, imediatamente, acionaram a Polícia Militar, o Sistema Integrado de Atendimento a Trauma e Emergência (Siate) e os responsáveis pelas empresas terceirizadas. A UFU prestou e prestará os cuidados necessários ao participante do projeto e aos seus familiares. Foi aberto processo administrativo interno para apuração dos fatos e os empregados terceirizados foram afastados preventivamente de seus postos de serviço. A UFU acompanha o andamento das apurações e continua à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos à Polícia Civil sobre o fato em investigação”.
Fonte: g1