O caso de uma jovem acusada de matar o homem que a explorava e abusava sexualmente vem gerando polêmica nos Estados Unidos há vários anos.
Na segunda-feira (19/8), Chrystul Kizer, de 24 anos, foi condenada a 11 anos de prisão, encerrando uma batalha jurídica de seis anos.
Kizer foi acusada de homicídio por atirar em Randall Volar, de 34 anos, em 2018, quando tinha 17 anos. Ela aceitou um acordo judicial no início deste ano, em que se declarou culpada para evitar a pena de prisão perpétua.
A longa batalha jurídica contou com a intervenção de organizações de defesa das mulheres e da comunidade negra.
No centro da polêmica, está a questão de como a lei pode proteger uma vítima de tráfico ou abuso sexual quando esta comete um crime que pode salvar sua vida.
Os advogados de Kizer argumentaram que ela agiu em legítima defesa — e usaram um mecanismo legal conhecido como "defesa afirmativa", em vigor em vários
Estados dos EUA, que protege as vítimas de tráfico sexual de algumas acusações, incluindo prostituição ou roubo, se essas ações forem resultantes do tráfico.
Fonte: G1