Exames médicos confirmaram que a criança de 4 anos, vítima de estupro, que tem como suspeitos funcionários de uma creche de Frutal, realmente contraiu HPV, uma doença sexualmente transmissível, em razão da violência sexual.

 

A informação foi dada pela mãe da criança que recebeu o resultado dos exames feitos na criança, não restando dúvidas de que houve realmente uma violência contra a criança. “Essa pessoa destruiu minha vida. Eu tenho uma garotinha em casa que dá crise de choro, de raiva, agora tem que fazer uso de calmante porque está agressiva e chega a agredir as outras irmãs. Temos feito de tudo para amenizar a dor que ela está sentindo”, desabafa.

 

Ela contou que as irmãs da vítima também foram encaminhadas para tratamento psicológico em razão de toda situação ocorrida. “Eu tenho fé que quem fez isso com a minha filha vai pagar pelo que fez. Destruiu uma família, uma vida. Minha filha era uma criança alegre, hoje não vejo alegria mais nela. Tenho medo que isso fique impune”.

 

A mulher afirmou que tem recebido apoio da família e que tem lutado agora para conseguir justiça para esse crime. “Quero pedir ajuda a toda população. Não vão me calar. Estou aqui pronta para tudo que precisar, para toda investigação. Quero que vá até o fim. Isso não pode ficar impune”.

 

De acordo com a mãe da criança, as suspeitas ainda recaem sobre as pessoas apontadas anteriormente pela criança, já que, até hoje, sempre relata os mesmos fatos, das mesmas formas, indicando os mesmos suspeitos, tanto de forma espontânea como quando perguntada.

 

“O único local que ela tem medo de ir é nesse local em que ela ia e, por isso, tenho certeza absoluta que aconteceu ali.

 

Ela não fica sozinha com ninguém, nem com homens ou meninos. Não tem explicação e o único local que ela ficava era na creche ou na casa da minha mãe, que ficava sempre sozinha”, finaliza.

 

Reportagem: Samir Alouan e Rodrigo Portari