A Polícia Civil de Frutal prendeu na tarde de terça-feira (29), o suspeito de ter matado a jovem Daiane Parreira Santana (Daianinha), 29 anos, que foi encontrada morta no dia 20 de janeiro com vários golpes de faca, em um canavial de uma fazenda próximo a Frutal. Trata-se do maranhense Marcos Gomes, 37 anos, morador do bairro Progresso. Com ele, foram apreendidas duas facas, uma espingarda e uma motocicleta.
O suspeito foi preso durante operação coordenada pelo delegado titular da Divisão de Homicídios, Murilo Cézar Antonini Pereira. Segundo ele, ao saber que a Polícia Civil possui provas de seu envolvimento, uma delas a moto utilizada para transportar a vítima, Marcos passou a culpar a esposa pelo crime como possível ato de vingança. “Um dia antes de ser morta, Daianinha havia agredido e furtado a esposa do suspeito”, revelou o delegado.
Ainda de acordo com Murilo, tudo leva a crer que Marcos e Daianinha já se conheciam pelo envolvimento com drogas por parte da vítima. O delegado Murilo Antonini comenta que inicialmente Marcos não aparecia como suspeito, mas o trabalho pericial e diligências realizadas no local do crime, foram essenciais para o esclarecimento do homicídio.
Murilo Antonini não descarta a possibilidade de outras pessoas terem participado do crime, que ainda está em investigação. “Ainda temos testemunhas para serem ouvidas e estamos aguardando laudos periciais serem concluídos”, disse o delegado, ao completar que em razão da prisão de Marcos a Polícia Civil tem 10 dias para concluir o inquérito.
RELEMBRE O CASO
A jovem Daiane Parreira Santana (Daianinha), 24 anos, foi encontrada morta no domingo (20 de janeiro) em uma fazenda situada próxima a Frutal. O corpo dela estava em um local de difícil acesso, distante cerca de 3 quilômetros da BR-364. A Polícia Militar chegou até a vítima à partir de uma denúncia anônima. Daianinha teria sido agredida, atingida a golpes de faca e arrastada por mais de um quilômetro para o interior de um canavial.
O delegado responsável pelo caso, Murilo Cézar Antonini Pereira informa que ao tomar conhecimento do crime, a Polícia Civil foi ao local, fez os levantamentos necessários e solicitou a realização de exames criminalísticos que contribuam com a investigação. “Daiane foi morta com requintes de crueldade e covardia, já que foi encontrada com golpes de faca no rosto e no pescoço, onde havia ainda uma corda que foi utilizada para arrastar a jovem até ao canavial”.
A mãe da jovem, a trabalhadora rural Maria Aparecida Parreira, 48 anos, disse que mal conseguiu reconhecer Daiane devido o rosto ter ficado desfigurado. Ao pedir resposta para o crime, ela afirma que não considera o autor um ser humano mas “um monstro que destruiu a vida de sua filha e da família dela”. Segundo Maria, que no passado teve outro filho assassinado, Daiane era uma pessoa humilde, que fazia amizades facilmente: “Ela não merecia isso”.