A juíza Wania Regina da Cunha, da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Taubaté (SP), descartou nesta quinta (15) a necessidade de submeter a detenta Suzane Richthofen a exame psiquiátrico para decidir sobre a concessão do regime aberto. Com isso, a presa, que é interna da penitenciária 2 de Tremembé (SP), pode ganhar a liberdade nos próximos dias.
O exame, chamado de teste de Rorschach, é uma técnica de análise psicológica que expõe características da personalidade do paciente, que não são revelados em outras avaliações. Os irmãos Cravinhos, comparsas de Suzane no assassinato dos pais dela, em 2002, foram submetidos ao procedimento antes de progredirem ao regime aberto.
O exame foi um pedido do Ministério Público, que considerou necessário submeter Suzane a exames psiquiátricos antes de decidir se ela pode ser beneficiada pelo regime aberto. A promotoria foi procurada, mas não comentou a decisão da juíza porque o processo da presa está em segredo de Justiça.
Se a magistrada decidir favoravelmente ao pedido da defesa de Suzane, ela pode deixar o presídio imediatamente. A detenta já cumpre pena no regime semiaberto desde 2015 e, por isso, tem direito a cinco saídas temporárias no ano.
A Defensoria, responsável pela defesa de Suzane, não comentou o assunto. O Tribunal de Justiça também não se manifestou.
Crime
Suzane foi condenada em 2006 pela morte dos pais. O casal Richthofen foi morto a pauladas enquanto dormia.
Dias depois do assassinato, Suzane assumiu participação no crime. Ela teve ajuda do então namorado, Daniel Cravinhos, e do irmão dele, Christian. Os dois já obtiveram o regime aberto e estão em liberdade.