O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 13 integrantes da organização criminosa dedicada à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas que movimentou mais de R$ 5 bilhões em cinco anos.
Eles são acusados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e falsificação de documento particular.
O grupo atuava por meio de pessoas físicas, que agiam como “laranjas” e “testas de ferro” das lideranças, e de múltiplas pessoas jurídicas fictícias, constituídas especialmente para a lavagem de dinheiro.
Em 2 de julho, a Operação Terra Fértil cumpriu nove mandados de prisão preventiva e 80 de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas em sete estados do Brasil: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Goiás.
Em Uberlândia, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e quatro de prisão. As investigações identificaram transações suspeitas com movimentação de mais de R$ 5,5 bilhões, decorrentes de atividades ilícitas no período de pouco mais de 5 anos.
A operação foi iniciada em 2022 após a polícia descobrir que um integrante da quadrilha, Ronald Roland, comprou uma mansão de R$ 2,5 milhões e promoveu festas com carros de luxo.
A compra foi feita por meio da empresa de fachada registrada no setor de exportação e importação de alimentos, e o imóvel foi registrado em nome de uma “laranja”.
Todos os veículos de luxo no imóvel e utilizados por ele e a esposa também eram registrados em nome de pessoas jurídicas e de terceiros.
A partir dos sinais de ocultação de patrimônio, os investigadores descobriram a rede criminosa que, embora tenha se fixado em Uberlândia, atuava em diversos estados brasileiros.
Vinte e três dias depois da primeira fase da Terra Fértil, no dia 25 de julho, foi realizada a segunda fase, batizada de Operação Fruto Podre.
Segundo o MPF, as novas medidas cautelares e preventivas cumpridas foram motivadas, entre outros fatos, pela notícia do envolvimento de duas das principais empresas da organização criminosa no acolhimento do dinheiro pago pelo resgate de uma advogada, vítima de sequestro no Rio de Janeiro em fevereiro de 2024, como também pela descoberta de que o líder da organização lavava os bens das atividades criminosas em uma rede de postos de combustíveis em Uberlândia.
Fonte: G1 Triângulo Mineiro