Desde que foi aberto no dia 28 de março, o Ambulatório de Dengue, localizado no cruzamento da Avenida Brasília com a Rua Nova Ponte (antiga FAF), tem atendido dezenas de pessoas entre adultos e crianças a cada turno de 24 horas, conforme levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde. Só no mês de abril, o local atendeu 3.494 pessoas, uma média de 116 pacientes por dia.
Segundo a coordenadora da Vigilância em Saúde, Graziela Calixto, normalmente entre os meses de janeiro e abril em que o tempo é quente e úmido há uma tendência de aumento dos casos de dengue ocasionando o surto da doença como a que o município enfrenta atualmente.
Diante desta realidade, a Prefeitura e a Secretaria disponibilizaram o local onde antes eram atendidos pacientes com Covid, para oferecer um atendimento mais rápido e com mais comodidade às pessoas com suspeitas de dengue. “Assim que o paciente com suspeita de dengue chega ao Ambulatório, o médico irá estabelecer um protocolo de atendimento de acordo com a queixa apresentada”, informa.
A Dengue pode apresentar sintomas leves como febre, dores nos olhos, muscular, de cabeça, náusea, falta de apetite e manchas avermelhadas. Já nas situações mais graves, ela pode evoluir para dor abdominal, vômito, sangramento de mucosa, nariz, olhos, boca e de gengiva. “A qualquer sinal ou sintoma, a pessoa deve procurar atendimento médico porque a dengue é uma doença de saúde pública e que pode causar morte. Somente os casos mais graves, serão encaminhados ao Hospital Municipal Frei Gabriel”, ressalta.
Quanto ao público infantil, Graziela Calixto esclarece que além do Ambulatório, as Unidades Básicas de Saúde também oferecem atendimento pediátrico com a medicação e o tratamento necessários aos sintomas da dengue.
Já em relação ao resultado de exames, a enfermeira informa que se trata de uma conduta médica que fará a avaliação dos sinais e sintomas do paciente. A sorologia para dengue demora um pouco mais para ser entregue, nesse sentido antes mesmo da confirmação ou descarte do resultado, a pessoa precisa ser tratada. “Em tese, não se fala em paciente positivo e sim, tratado como suspeito notificado para dengue”, esclarece.
A situação se agrava quando, segundo o coordenador do Núcleo de Endemias, Jovino Adriano, os agentes ao retornarem ao endereço onde já houve o registro de casos suspeitos para fazer o bloqueio com dedetização, encontram novos focos de dengue no imóvel anteriormente visitado. “As pessoas não estão dando importância à dengue, o que é um grande engano, porque dengue mata e se o morador não contribuir, o município poderá enfrentar novos surtos da doença nos próximos anos”, afirma.
Em Frutal, os bairros com maior incidência dos focos são o Centro, Ipê Amarelo I, Alto Boa Vista, Francisco Moron e Jardim do Bosque. Na tentativa de contar o avanço do mosquito, a Prefeitura tem realizado os mutirões de limpeza e aplicado o fumacê nos bairros mais críticos conforme norma do Ministério da Saúde.
Diante do cenário que Frutal enfrenta com a dengue a exemplo do que ocorre em todo o país, a secretária de municipal de Saúde, Patrícia Xavier, faz um apelo à população para que colabore nesta luta contra a doença. De que forma? Tendo atitudes simples que fazem parte do dia a dia e que podem ajudar e muito a reverter esta situação. “Os maiores causadores deste aumento de dengue no município estão dentro de casa que são os bebedouros de animais, plantas, garrafas pets e quintais sujos. As pessoas precisam ter consciência de que dengue é uma doença grave e que pode matar”, adverte.