O radialista Zé Béttio morreu, aos 92 anos, nesta segunda-feira (27). Ele morreu durante a madrugada, enquanto dormia em sua casa no bairro Horto Florestal, na zona norte de São Paulo.
O corpo de Zé Béttio foi sepultado nesta segunda-feira no Cemitério do Horto Florestal. De acordo com o filho do radialista, Homero Béttio, a família atendeu ao pedido da mulher para que o marido fosse enterrado com total discrição, sem a participação da imprensa.
Trajetória profissional
Um dos mais famosos profissionais do rádio brasileiro de todos os tempos, Zé Bettio morreu na nesta segunda-feira (27), aos 92 anos de idade.
Nascido na cidade de Promissão-SP em 2 de janeiro de 1926, Zé Bettio iniciou sua carreira artística percorrendo o interior de São Paulo e Paraná com o trio "Sertanejos Alegres", junto com Antonio Moraes e Afonso.
Após o término do grupo, passou a tocar sanfona em um concurso de calouros da Rádio Tupi, quando conheceu outros músicos e formou o "Zé Bettio e seu Conjunto", que se apresentou algumas vezes na Rádio Cometa.Zé Bettio se tornou radialista por acaso. Certo dia, quando se apresentava em uma rádio de Guarulhos, o locutor da emissora faltou, e o próprio acabou assumindo a leitura dos anúncios daquela transmissão, agradando aos ouvintes.
Foi então contratado pela Rádio Cometa, onde assumiu um programa próprio. Logo, Zé Bettio, com sua simplicidade e bom humor, acabou conquistando a simpatia do público.
Foi contratado pela Rádio Record no início da década de 70, levando a emissora paulista, em apenas dois anos, do 14º para o primeiro lugar de audiência. Em seu programa, lançou diversas duplas sertanejas, entre elas, Milionário e José Rico.
Em 1984, foi contratado pela Rádio Capital, e também teve rápida pela Rádio Gazeta, de São Paulo.
Poucos sabem, mas o histórico radialista foi também jogador de futebol. Foi em sua juventude, quando, morando em Lins-SP, dividia seu tempo entre a profissão de sapateiro e as partidas do Clube Atlético Linense.
Nos últimos anos de vida, curtia sua merecida aposentadoria em suas fazendas, nas cidades de Garça-SP e de Rinópolis-SP, onde organizava suas memórias para lançar um livro sobre a sua vida.