Um avião bimotor foi encontrado em chamas em um canavial na zona rural de Barretos (SP) na manhã deste sábado (25). O Corpo de Bombeiros combateu o fogo e informou que a suspeita inicial é de incêndio criminoso, após o avião ter pousado no local.
Ainda de acordo com os bombeiros, as equipes foram acionadas por volta de 7h40. A aeronave estava vazia e não havia vítimas no local. As terras são arrendadas por uma usina de açúcar e etanol, que pertence a um grupo multinacional.
Um funcionário da usina, que pediu para não ser identificado, disse que o avião não pertence à empresa e também realizava nenhum tipo de serviço agrícola. Uma equipe da brigada de incêndio da usina foi ao local para auxiliar no combate as chamas.
Segundo apuração da EPTV, afiliada da Rede Globo, peritos e investigadores da Polícia Civil estão no local. A suspeita é de que o piloto realizou um pouso forçado, sem usar o trem de pouso.
Ainda de acordo com a EPTV, a Polícia Civil suspeita de incêndio criminoso porque o fogo destruiu apenas a cabine e não atingiu as áreas onde há combustível, como as asas do avião.
O prefixo da aeronave é PR-VCV. O avião foi vendido em agosto do ano passado, mas os dados do novo proprietário não foram atualizados no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Em nota, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira informou que investigadores do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) estão levantando informações da ocorrência.
"A Ação Inicial é o começo do processo de investigação e possui o objetivo de coletar dados: fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos", diz.
Ainda segundo o Cenipa, a investigação tem por objetivo prevenir acidentes aéreos com as mesmas características. Não há prazo para conclusão dos trabalho, mas o Centro informou que a apuração "terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade do acidente".