Aconteceu na quinta-feira (9), no fórum de Frutal, a primeira audiência de instrução e julgamento do vereador Bruno Augusto de Jesus Ferreira, que é acusado de falso testemunho e corrupção ativa, através de uma denúncia oferecida pelo Ministério Público.
Como testemunha, o MP teve o ex-vereador Ricardo Soares (Mazzarope) que teria apresentado uma gravação na qual Bruno estaria tentando comprar o seu voto para se eleger presidente da Câmara de Frutal.
Em sua defesa, Bruno alega que não concorreu ao cargo de presidente da Câmara no biênio 2017/2018, já que até se candidatou a deputado estadual. Porém, ele se candidatou no biênio 2019/2020, uma vez que uma eleição é diferente da outra.
O vereador disse ainda que Mazzarope apresentou um áudio editado com vários cortes, reproduzindo somente as partes que lhe interessavam.
“Sobre a acusação de falso testemunho, eu tinha dito que não seria candidato em 2016, mas não nessa eleição para presidente em 2019. Estou tranquilo quanto a minha inocência. Entendo que isso se trata de represália, pois desde 2014, faço um trabalho de combate a corrupção em Frutal”, disse.
A promotora do Ministério Público de Frutal, Daniela Campos Abreu Serra, esclarece que essa foi uma audiência de instrução para que fossem feitos os interrogatórios das testemunhas do Ministério Público e das de defesa.
Também foram expedidas cartas precatórias para ouvir outras pessoas, entre elas, o então delegado regional, César Felipe Colombari. É preciso aguardar o retorno das precatórias para que o juiz da Comarca possa analisar se dará como fim da instrução e encaminhará para as partes apresentarem suas alegações finais.
Segundo a promotora, o MP imputou na denúncia a prática em tese do crime de corrupção e de falso testemunho. Ela diz que o ponto controverso é o que a defesa apresenta de que essas gravações não tiveram autorização legal e não poderiam ser utilizadas como provas.