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Comissão debate destino de equipamentos da Hidroex

Comissão debate destino de equipamentos da Hidroex

Uma audiência pública realizada pelo Ministério Público Estadual (MPE), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Frutal, na noite desta quarta-feira (4), resultou na criação de uma comissão para discutir ações e o impasse para a destinação de equipamentos adquiridos pela Fundação Centro Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada em Águas (Hidroex).

O encontro foi realizado no anfiteatro da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg) e, segundo as informações repassadas pela assessoria da instituição, o objetivo é que a comissão atue junto ao Ministério Público para achar soluções viáveis ao problema.

A audiência foi presidida pela promotora de Justiça Daniela Campos e contou com a participação da comunidade acadêmica e moradores da cidade.

Entenda

Em abril de 2016, uma auditoria da Controladoria-Geral de Minas apontou um suposto dano aos cofres públicos devido a irregularidades na obra do centro de pesquisa instalado em Frutal. Na obra foram investidos recursos estaduais, federais e inclusive contou com a parceria da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Conforme a auditoria, os valores desviados entre os anos de 2012 e 2014 são superiores a R$ 14 milhões e deveriam ser destinados à construção e projetos da “Cidade das Águas”, desenvolvida em Frutal pela Fundação Hidroex, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (SECTES) na época comandada pelo político Narcio Rodrigues.

No mesmo ano, o MPE instaurou inquérito civil para apurar as irregularidades quando acabou sendo deflagrada a Operação "Aequalis". Narcio foi preso e disse, na ocasião, que não teve participação no processo licitatório e no acompanhamento da execução de obras.

O Governo de Minas publicou em setembro de 2016 uma lei que extinguia a Fundação Centro Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada em Águas (HIDROEX). Com isso, a Promotoria de Frutal instaurou um inquérito civil a fim de monitorar a destinação correta dos equipamentos e da estrutura predial do complexo. O que ainda segue sendo debatido.

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