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Ex-namorado nega agressão a mulher morta após aborto

Ex-namorado nega agressão a mulher morta após aborto

(RELEMBRE O CASO)

A gerente Fernanda de Magalhães Leite, 35 anos, morreu na madrugada do dia 23, em Frutal, após sofrer uma hemorragia em casa. A família afirma que ela sofreu um aborto. A polícia investiga se foi espontâneo ou provocado. A vítima chegou a ser levada, pelos parentes, ao hospital, aonde já chegou sem vida. Fernanda estaria no 5° mês de gravidez.

O óbito da gerente foi atestado pelo médico Leandro Marchi, às 2h42, de sexta-feira (23), no Pronto-Socorro do Hospital Frei Gabriel. Vera Lúcia de Magalhães, 52 anos, mãe de Fernanda, contou que a filha teria tentado um aborto, mas não sabia qual o meio utilizado.

Diante do aborto relatado pelos próprios parentes e atestado pelo médico, a Polícia Militar acionou a Perícia Técnica da Polícia Civil, que foi até a residência de Fernanda. No quarto da vítima foram encontrados colchão, absorventes e fraldas com vestígios de sangue.

Ainda de acordo com a ocorrência da PM, a vítima apresentava hematomas na coxa e no tórax do lado direito. Após liberação no Hospital Frei Gabriel, o corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para necropsia. O sepultamento ocorreu na noite de sexta-feira mesmo.

Fernanda residia com a família na rua Wilson Roberto Piantamar, no Residencial Waldemar Marchi 2ª Etapa. Desde o ano passado, trabalhava como gerente do Supermercado Frios e Companhia, situado no mesmo bairro. Ela estava solteira e tinha três filhos e uma neta.

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Ex-namorado de Fernanda e apontado por alguns como o responsável por tê-la levado a realizar o aborto, o vigia Jhonatan Jesus de Lima, 30 anos, procurou a rádio 97FM para se defender e se colocar à disposição da polícia para ajudar a elucidar o caso. Em entrevista exclusiva ao repórter Samir Alouan, Jhonatan disse ter sofrido constrangimento no velório e afirma que a última vez que viu a ex-companheira pessoalmente foi no dia 25 de dezembro, quando foi à casa dela “dar um abraço e desejar feliz natal”.

“Eu e a Fernanda tínhamos uma relação e largamos em outubro”, contou. “De lá para cá, viramos amigos e tivermos alguns encontros. Mas a última vez que vi ela pessoalmente foi dia 25 de dezembro. No natal, fui na casa dela e dei um abraço e desejei feliz natal. A gente sempre se falava pelo whats (sic) e às vezes ligava”, detalhou. A última vez que falou com ela, ele garante, foi em 2 de fevereiro, via aplicativo de mensagem.

O vigia explica que resolveu procurar a rádio porque soube de boatos pela cidade culpando ele pelo ocorrido, inclusive pelos hematomas. “Triste falar disso numa hora dessas. Essas coisas que estão falando no meu nome pela cidade. Estão falando que eu bati na Fernanda, que eu a induzi a cometer o que ela fez. As coisas não assim”, desabafa.

Segundo Jhonatan, ele nem sabia da gravidez da ex. “Eu só soube da gravidez hoje com a notícia do falecimento. Ela escondeu de mim, escondeu da família. Segundo o que eu fiquei sabendo, só duas amigas que trabalhavam com ela sabiam dessa gravidez”, ressalta.

“É triste o constrangimento que eu passei hoje no velório, as pessoas me olhando diferente, achando que eu era culpado. Já é muito triste o que aconteceu e passar por isso é pior ainda”, lamenta. Os hematoma que estavam nela, saiu boatos que eu que bati nela. Eu quero deixar bem claro que o último contato pessoal que tive com ela foi dia 25 de dezembro. Depois disso a gente só se falava pelo telefone”, reafirma.

Ele lembra que, quando se separaram, Fernanda chegou a suspeitar que estivesse grávida. “Na época ela fez teste de farmácia e deu negativo. Depois fez exame de sangue e disse que também tinha dado negativo. Depois disso, ela nunca mais falou em gravidez”, conta.

De acordo com ele, as conversas que tinha com Fernanda eram amistosas e no sentido de reatarem o relacionamento. “Mas nunca forcei nem ameacei ela de nada”, destaca. Segundo ele, as conversar ainda estão no celular e à disposição da polícia. “Quero que tudo se esclareça”.

O vigia afirma ainda que sempre teve e tem bom relacionamento com a mãe, os filhos e o genro de Fernanda e que apenas “pessoas de fora” da família é que estão o acusando. “A mãe dela conversou comigo hoje no cemitério, ela também está revoltada. Graças a Deus, a família não me julgou de nada. Todos hoje me apoiaram. Para mim isso foi um conforto grande depois de tudo que eu passei.”

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