O número de assassinatos diminuiu no estado de Minas Gerais. Em contrapartida, o número de mulheres mortas por questões de gênero aumentou. Segundo dados publicados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2019, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em Minas, 156 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2018, seis a mais que em 2017 – o que representa o maior número absoluto registrado no país.
Considera-se feminicídio o crime intencional motivado pelo fato da vítima ser do sexo feminino. O Brasil está na quinta posição de países em que mais se mata mulheres no mundo, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). O país só fica atrás de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.
Em 2018, 1.206 mulheres foram vítimas do machismo no Brasil, 55 a mais que no ano anterior. A cada dois segundos, uma mulher é agredida no país. Conforme o levantamento, 61% das mulheres vítimas de feminicídio no país são negras.
Na maioria dos casos (88,8%), as mulheres são assassinadas pelos ex ou atuais companheiros. Os dados do Atlas da Violência 2019, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA), reforçam a informação. De acordo com o documento, o crescimento mais significativo no período de 2007 a 2017 foi na taxa de homicídios ocorridos dentro das residências, com o uso de arma de fogo (29,8%).
Em 2017, mais de 221 mil mulheres procuraram delegacias para registrar ocorrências de agressões dentro de suas casas.
*Com informações do Estado de Minas