Um grupo de moradores de Frutal se reuniu na porta da Secretaria Municipal de Promoção Humana na manhã desta quinta-feira (3), em protesto à divulgação da lista de contemplados do programa "Minha casa, Minha vida", do Residencial Francisco Moron. Com cartazes e gritos de ordem, os moradores alegam que a Prefeitura descumpriu os critérios de benefícios e chegou a contemplar pessoas que não precisavam de moradia. A Prefeitura se posicionou em nota.
Pela manhã, um homem chegou a se acorrentar em frente à Secretaria para chamar atenção para a situação. A lista de beneficiados foi divulgada no site da Prefeitura de Frutal e os endereços das casas serão sorteados na tarde desta quinta-feira.
Um grupo formado por 10 pessoas contratou um advogado para denunciar as supostas irregularidades. Na tentativa de impedir a ocupação das casas, o advogado Gustavo Nardi irá entrar com um mandado de segurança coletivo.
A assessoria do município informou ao MGTV na quinta-feira (3) que a definição das famílias para o Residencial Francisco Moron seguiu critérios estabelecidos pela Prefeitura, através da Lei Municipal aprovada pela Câmara, além de critérios estabelecidos pela própria Caixa Econômica Federal. Disse, também, que como a quantidade de moradias é de 449, não foi possível atender toda a demanda. Informou, também, que o prefeito Mauri Alves tenta viabilizar a construção de novas casas e que existem projetos em andamento, mas que dependem da liberação de recursos pelo Governo Federal. A secretária municipal de Promoção Humana, Wilma Souza Paulino Alves, também ressaltou que segue os critérios estabelecidos pela Caixa.
Sobre o homem que se acorrentou em frente à Secretaria de Promoção Humana, a assessoria da Prefeitura informou, também em nota, que ele já tem imóvel. "Somente por este fato, devidamente comprovado, impede ele de ser beneficiado – conforme diretrizes da Caixa Econômica Federal", diz trecho da nota. Segundo a Prefeitura, documentos também indicam que o homem já foi beneficiado com lote cedido pela Prefeitura, sendo que ele não ficou com os terreno, negociando a venda para um terceiro em data posterior.