A preocupação de toda a população mundial neste momento é com a pandemia do Coronavírus. Mas, infelizmente para os brasileiros, o verão é a temporada em que se espalha outro vírus: o da dengue.
Água parada é do que os mosquitos mais gostam. Não importa se é uma piscina abandonada de uma casa de luxo ou em pneu jogado num terreno baldio.
Para evitar que o Aedes Aegypti se reproduza e espalhe a Dengue, a Chikungunya ou o Zika Vírus, agentes de combate a endemias visitam casas e estabelecimentos comerciais da nossa cidade em busca de criadouros do mosquito.
Além do trabalho cansativo e do calor escaldante, os agentes de endemias também têm de lidar com casas vazias ou com moradores desconfiados, que preferem não abrir a porta para a vistoria. E com a pandemia, a missão deles ficou ainda mais complicada.
A dificuldade na fiscalização já provocou o aumento do número de focos e criadouros do mosquito. De acordo com o primeiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes Aegypti realizado este ano, o índice de infestação em Frutal alcançou a marca de 5%, quando o aceitável é no máximo 2%.
Apesar do alto índice de infestação registrado no LIRA, este ano Frutal teve apenas quatro casos suspeitos de dengue, mas nenhum deles foi confirmado. De acordo com a secretária de saúde, Lamonise Ribeiro, muito possivelmente os casos de Dengue, Zika Vírus e Chikungunya estão subnotificados. ”Muitas vezes as pessoas sentem sintomas da dengue porque estão com a doença, mas não procuram atendimento com medo de contraírem Covid. Por isso, orientamos que as pessoas com sintomas de dengue procurem uma Unidade Básica de Saúde”.
Antônia Darão Machado, coordenadora do Núcleo de Controle de Endemias, explica que o primeiro LIRA foi feito entre os dias 11 e 14 de janeiro em todos os bairros da cidade. “Todos os pontos da cidade apresentaram índices preocupantes, contudo o Alto Boa Vista e o Progresso são onde a situação parece ainda mais crítica”.
Antônia explica que os agentes de endemias costumam visitar o mesmo imóvel pelo menos seis vezes por ano. “Mesmo assim, é fundamental que cada morador se responsabilize por seu imóvel. É muito comum encontrarmos larvas em vasos de plantas, edículas e, principalmente, em galinheiros, locais em que as pessoas estão cansadas de saber que são propícios para a proliferação do mosquito”.
A coordenadora do Núcleo de Controle de Endemias esclarece qual é o procedimento naqueles casos nos quais os moradores não permitem que os agentes adentrem aos imóveis. “A gente notifica o morador e o comunica sobre as eventuais punições que ele pode sofrer por impedir que um servidor público execute o seu trabalho”.
Sobre a utilização do fumacê para tentar diminuir o número de mosquitos em alguns pontos da cidade, Antônia explica que o veículo só é liberado para cidades que tenham 300 casos confirmados de dengue. “Por isso, é pouco provável que o fumacê venha para Frutal nesse momento. Nós recomendamos é que as pessoas entrem em contato com o núcleo pelo 3423-2607 para denunciar eventuais criadouros de mosquito pela cidade”.