Em julgamento realizado na quarta-feira (13), na Comarca de Frutal, o réu Wilson Araújo de Lima foi condenado a 15 anos e seis meses de reclusão pelo assassinato do vigia da Prefeitura, Jamir Luiz da Silva, ocorrido em 2006.
Na época, acontecia um carnaval de rua e Wilson estava urinando na porta da Prefeitura, sendo que a vítima lhe chamou a atenção para não voltar a cometer o ato. Esse fato gerou discussão entre os dois e, no dia seguinte, Wilson agrediu Jamir com um pedaço de pau.
Após receber o primeiro golpe, Jamir tentou fugir e foi atingido novamente por outra paulada que ocasionou uma fratura na testa. Apesar do socorro rápido e de ter sido encaminhado para Uberaba, a vítima faleceu três dias depois da agressão.
Para o promotor Fabrício Costa Lopo, foi um caso chocante que abalou as pessoas por se tratar de uma morte banal. “O homicídio poderia ter sido evitado se o réu tivesse compaixão e respeito pela vida do próximo. A pena foi aplicada de forma correta utilizando-se dos parâmetros previstos na legislação penal”, resume.
Desde o crime, Wilson vem respondendo o processo em liberdade. Depois foi decretada a prisão preventiva para assegurar que o veredito do conselho de sentença fosse efetivamente cumprido.
O advogado José Pereira Guedes atuou no processo somente no julgamento como defensor de Wilson. Conforme explica, o advogado anterior do réu instruiu Wilson a não comparecer nas audiências, o que prejudicou a situação.
José Guedes comenta que o jurado reconheceu as duas qualificadoras: motivo fútil e surpresa. Ele afirma que entrará com pedido de “habeas corpus” para que o réu responda a apelação em liberdade.