Uma divergência de depoimentos tornou possível à Polícia Civil descobrir o nome verdadeiro de um dos acusados de ter assassinado o jovem Luiz Carlos Martins Diogo, de 30 anos, na madrugada do dia 21 de Setembro.
O suspeito usava documento de Hygo Leonardo Bayma da Silva, mas na verdade se chama Lúcio Flávio Pinheiro Ferreira e estava foragido do presídio de Pedrinhas, no Maranhão.
Depois de se apossar de uma certidão de nascimento de um amigo, ele conseguiu tirar a carteira de identidade (RG) no estado de Minas Gerais e passou a utilizar o nome falso.
Lúcio chegou a ser preso nos anos de 2016 e 2017, apresentando o nome de Hygo. Conforme os investigadores apuraram, Lúcio cumpria pena em regime semiaberto e não retornou. Contra ele, existe ainda um mandado de prisão expedido pela Justiça maranhense.
À Polícia de Frutal, Lúcio Flávio confessou que utilizava o nome falso e também sua participação do assassinato de Luiz Carlos, junto a outros dois comparsas.
De acordo com os envolvidos, a vítima e os três autores estavam fazendo uso de drogas na tarde anterior ao crime. Após a droga acabar, Luiz Carlos teria pego R$ 50,00 de cada um para ir comprar mais entorpecente.
Os autores alegaram que Luiz retornou por volta de uma hora da manhã sem a droga e dizendo que a polícia teria tomado todo o dinheiro. O fato gerou uma confusão entre eles, sendo que os três partiram contra a vítima com pedradas, pauladas e facadas. Assim que cometeram o crime, eles ocultaram o corpo da vítima em um terreno.
O delegado regional da Polícia Civil, Fabrício de Oliveira Altemar, relata que os autores disseram que Luiz Carlos ficou agressivo ao voltar sem a droga e enfrentou os três, tentando alegar “legítima defesa”, hipótese que a polícia não acredita por estar em desvantagem de três contra um.
Os acusados também negaram que Luiz teria furtado uma arma pertencente a um deles. Porém, familiares da vítima contaram que Luiz estaria sendo ameaçado por um homem conhecido por “Belo” pelo furto desta arma de fogo.
O inquérito será concluído ainda esta semana, sendo indiciados os três envolvidos confessos e, provavelmente, o suspeito “Belo” – que continua foragido. Em relação a Lúcio Flávio, além do envolvimento no homicídio, ele deverá responder ainda pelo crime de falsa identidade.