A Polícia Civil de Frutal concedeu uma entrevista coletiva na segunda-feira (9) para falara sobre as investigações sobre o homicídio ocorrido no fim da tarde do dia 31 de agosto, no bairro Princesa Isabel, próximo ao pátio da Prefeitura.
Na ocasião, o vigia Mateus Henrique Machado de Souza, 23 anos, matou seu colega de trabalho Fernando Gomes Ferreira (Robocop), 45 anos, e feriu gravemente o entregador Israel Nascimento Borges, 30 anos.
Após matar Fernando, Mateus decapitou a cabeça da vítima e saiu com ela em direção ao bairro Princesa Isabel II. Com uma faca, o autor também tentou se matar.
Assim que a Polícia Militar foi acionada, se deparou com o autor tentando se matar e devido aos ferimentos foi conduzido para o Hospital Frei Gabriel e, em seguida, para Uberaba.
Após o delegado de plantão Bruno Giovanini ouvir militares, parentes da vitima e do autor, ele ratificou a prisão em flagrante e encaminhou ao plantão de Uberaba para que pudesse colher a assinatura de Mateus, que se recusou a assinar o documento.
Conforme comenta o delegado regional Fabricio Oliveira Altemar, na quarta-feira (4), o acusado foi ouvido pela Polícia Civil uberabense para dar sua versão sobre os fatos.
Mateus alegou que estava na confraternização de aniversário de Fernando e este teria achado ruim pelo fato de Mateus estar conversando com a mãe dele. Fernando teria dito que Mateus estava “cantando” sua mãe e o fato gerou discussão entre eles.
Mateus afirma que logo foi embora da festa de aniversário por se sentir ameaçado e pensou que Fernando iria até a sua casa para tirar satisfação. De acordo com o acusado, em companhia de Israel, Fernando foi até a sua residência e teria desferido um tapa em seu rosto.
Neste momento, Mateus sacou a faca e esfaqueou Fernando e Israel. Estes teriam corrido e ele perseguiu as vítimas. Por estar em estado de choque, Mateus alegou que não se recorda como foi a decapitação e nem de ter tentado se matar.
A Polícia Civil ouviu outras testemunhas e indiciou Mateus por homicídio consumado e tentado, sendo o crime qualificado por motivo fútil e por meio cruel, o que pode aumentar a pena, caso seja condenado pelo tribunal do júri.
Apesar ainda faltar alguns laudos periciais, o inquérito foi concluído pelo delegado Bruno, na segunda, e remetido à Justiça. Caso o Ministério Público ou o Judiciário solicitar, poderão ser feitas novas diligências para se juntar aos autos do inquérito policial.
Mateus está recolhido no Presídio de Frutal e, caso não haja nenhuma definição diferente, permanecerá preso até seu julgamento.